sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Artistas tipo “golfinhos de Miami” ou “peixinhos do fundo do oceano”?
A cada dia que passa tenho encarrado um processo de mudança em meus pensamentos a respeito de algumas coisas, no tocante a arte dança, tenho vislumbrado novos rumos e movimentos, não os coreografados e pré estabelecidos por mim mesmo, mas os expedimentais, aqueles que não domino. A arte imita a vida pois a vida está sempre em transformação...Assim como na vida na arte, ou "mundo da arte" um verdadeiro artista entende o propósito de seu talento, o porque de sua criação. Sem resalva sabe a trilha mais próxima do sucesso, esse , por sua vez, não tem nada haver com platéia cheia. nasminhas pesquisas pela net, achei a algum tempo um site muito interessante e entre tantos culunistas especiais li uma materia que fala muito sobre o tema, segue abaixo:
Que tipo de artista cristão você quer ser? Como os golfinhos de Miami, sempre à vista de todos que pagam ingressos para assistir às suas performances e que viajam de um lado para outro a fim de cumprir uma agenda repleta de exibições? Ou como os peixinhos do desconhecido fundo do oceano, que vivem a vida imersa em lugares longínquos e encontrados apenas por quem se arrisca a mergulhar?
De imediato, talvez você opte pela primeira condição, afinal, quem não deseja ter seu trabalho conhecido e reconhecido? Mas pode também me responder através de uma pergunta: posso ser um golfinho que viva no oceano? Claro que sim! Porém, esses nem têm públicos pagantes, nem agenda repleta de viagens, e nem muito menos estão assessorados por superproduções humanas.
Isso é coisa para os golfinhos como os de Miami, que foram capturados em algum lugar dos imensos oceanos e levados para um treinamento absurdo de inúmeras repetições, a fim de cumprirem sempre os mesmos rituais, nos mesmos horários pré-estabelecidos, condicionados às mesmas atitudes e sempre recompensados pelos mesmos viciantes alimentos e aplausos ao final de cada execução.
É claro, que as suas imagens são extremamente divulgadas em fotos, camisetas, diversos produtos de publicidade e muitas outras ações de marketing que resultam em fortuna principalmente para os seus proprietários, que também detêm todos os seus direitos, administrando tudo o que fazem e para onde vão. Se bem que, na realidade, não vão a quase lugar nenhum, uma vez que por maior que seja o super aquário, jamais poderá ser comparado à imensidão dos mares.
Ah sim! Já estava esquecido! Existe outro ambiente, onde vive outro tipo de gente, ou melhor, de peixes, que nem aparecem na foto deste artigo, não tão visíveis quanto os primeiros, mas livres dos homens e dos dinheiros, cujas performances acontecem a qualquer hora do dia, que parece não ter nem fim, começo, ou agonia, cuja liberdade não tem preço, a ponto de simplesmente viver sob os olhares daquele que tudo ver.
Ah, que vida boa essa! Boa? Excelente! Mas parece que só reconhece quem está preso no aquário e nos momentos solitários dos intervalos dos shows, ou, por outro lado, quem é livre o suficiente para pensar acertadamente vivendo a liberdade incomparável do imensamente oportuno oceano.
Cada vez mais constato ser impossível que golfinhos dos aquários e peixinhos dos oceanos vivam juntos, a não ser que os tais golfinhos sejam libertos de suas prisões e venham para a imensidão do mar. O fato é que, tanto golfinhos de Miami quanto peixinhos das profundezas dos oceanos podem com a sua arte e vidas glorificar o Criador. A diferença é que, os últimos, em condições normais de vida, de acordo com a sua existência e criação.
Liberdade plena para adorar o Pai, não tem preço! Se tinha, já foi pago pelo Filho.
Augusto Guedes, além de fundador do Instituto Ser Adorador, é um admirador da arte como expressão de adoração ao Pai, e prefere os artistas que necessitam de mergulhos para serem encontrados.
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